POSTOS DE TRABALHO

Ascensoristas

Como adequar a ergonomia do posto de ASCENSORISTA

Faremos algumas considerações de como planejar a Ergonomia em espaços reduzidos como elevadores com ascensoristas.
A realidade dos tempos atuais é que ainda existem muitos elevadores com ascensoristas.
Temos elevadores inteligentes e sabemos que esse futuro ainda está distante para 100 % no Brasil e, até lá, muitos profissionais ainda deverão ocupar os postos de ASCENSORISTAS.
Pensando na ergonomia deste posto de trabalho, focando nesse profissional, vamos descrever algumas situações, sugestões, adequações destes espaços relativamente pequenos com a experiência obtida por nossa equipe através de inúmeras AETs – Análises Ergonômicas do Trabalho já realizadas, através do grupo de ergonomistas da BraSGoldeN – Mundo Ergonomia. Lembrando que no estado do Rio de Janeiro, existe uma legislação específica para Ascensoristas  – LEI Nº 4743, DE 30 DE MARÇO DE 2006 – DISPÕE SOBRE A COLOCAÇÃO DE CADEIRAS ERGONÔMICAS PARA ASCENSORISTAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Alguns exemplo de mobiliários - cadeiras, bancos e apoio para os pés

Cadeira estofada - modelo B-Side secretária baixa
Cadeira estfada - modelo B-Side secretaria caixa
Banco sentado e semi sentado – Modelo Golden COMFORT
Banco sentado e semi sentado – Modelo Golden COMFORT
Apoio para os pés em MDF
Apoio para os pés em aço com 5 alturas
Apoio para os pés em aço com 8 alturas
Apoio para os pés em aço com 16 alturas

A equipe multidisciplinar da Mundoergonomia – BraSGoldeN composta de fisioterapeutas, engenheiros e projetistas que realiza esse tipo de trabalho (AET) detectou inúmeros problemas em várias situações desde elevadores com grande fluxo de pessoal, elevadores pequenos e maiores, até elevadores em ambientes médico hospitalares onde o fluxo de pessoas mescla com macas, cadeiras de rodas, equipamentos, riscos da NR 32.

Não adianta apenas apontar os riscos e o que está errado. Deve-se focar no que precisa ser feito, mas minimizando os riscos, buscando a adequação e solução que seja viável economicamente.

Perguntas simples que um ergonomista ou o gestor de segurança faria ao tentar elaborar uma AET ou no PGR de elevadores:

1. Qual o espaço no elevador?
2. Qual o espaço que tem para o ascensorista na posição de pé e sentado?
3. Qual é a área para o ascensorista e qual posição relativa dessa área em relação à botoeira, porta e ainda para alguns elevadores a alavanca de subida e descida?
4. Como é possível acomodar uma cadeira ou banco em termos de espaço?
5. Esse espaço vai interferir junto aos usuários do elevador? Se for um hospital, por exemplo, há espaço para a maca ou equipamento afim?
6. Qual a posição da botoeira em relação à porta, na conclusão que o ascensorista ficará de frente à porta para receber os usuários do elevador
7. A botoeira ficará na frente ou ao ou de lado do ascensorista?
8. Qual a altura da botoeira e quais as alturas mínima e máxima dos botões que o ascensorista irá premer?
9. Qual altura, peso, e se possível medidas antropométricas do ou dos ascensoristas, pelo menos dos braços e pernas?
10. Ergonomia não se resume apenas assentos ou carregar peso ou postura. Ergonomia envolve todos os parâmetros do bem estar, do conforto e mínimas condições de segurança ocupacional. Assim importante verificar-se os aspectos ambientais como a iluminação (não basta ver se está claro ou escuro), ventilação, climatização.
11. Completando – quais as condições de limpeza, sanitárias, do ar que o ascensorista está respirando?

Considerações gerais

Mediante esses dados, podemos definir a altura ou alturas da cadeira com um apoio de pés ou banco, desde que o foco agora está no assento.
Lembrando que se for cadeira deverá ser giratória a fim de atender à NR 17 e se for um banco, a AET deverá justificar.
Ou o melhor será usar um banco semi sentado? Caso não haja espaço para a cadeira e a AET justificar?
A cadeira é mais confortável, mas haverá espaço? Haverá espaço para que o ascensorista possa deixar as pernas apoiadas em uma superfície plana onde o ângulo da perna x coxa é maior do que 90 graus? Ou vamos usar os antigos e anti ergonômicos aros que alem de trazerem as pernas x coxas para ângulo menor do que 90 graus, não possuem espaço para “plantar” os pés?
E, ainda, a maioria dos aros que vendem no mercado, para economizar, não usa buchas corretas no seu eixo ao redor da coluna da cadeira, apropriadas, e teimam em ficar estacionados na posição mais baixa.
A maioria sequer treina o ascensorista (ou qualquer outro usuário desses aros) a regular e como regular esses aros na altura correta.
Se se adotar aros, devem mecanicamente ser bem projetados, para que os aros possam subir e descer e permanecerem na posição ideal. A Mundo Ergonomia Bras Golden fabrica muitos modelos de aros com sistema de bucho x cubo que assegura sua fixação adequada. São aros pequenos, maiores, em aço pintado, em Nylon ou até em aço inoxidável farmacêutico.
O que, então, seria ideal para fazer, para adaptar uma cadeira ou banco para esse posto de trabalho?
As alturas das botoeiras são variadas, o espaço é pequeno, a iluminação muitas vezes é ruim, sem falar do calor e mesmo do assédio que, infelizmente, muitas vezes ocorrem.

Em função da altura das botoeiras, isto é a altura H mínima e H altura máxima, podemos definir as alturas mínimas e máximas dos assentos, seja cadeira seja banco.
Em função do espaço e todos os fatores acima, vamos definir se o melhor é uma cadeira ou um banco.
1. Se for uma cadeira
Basta escolher as alturas ideais mais os cursos para cima e para baixo:
Em seguida se escolhe o tipo e ou modelo da cadeira. Assentos maiores ou menores, mecanismos, revestimento em vinil ou poliéster sobre espuma ou injetadas em poliuretano?
Todos os modelos podem ter os componentes na cor preta, cinza. entre e veja alguns modelos
Ou ainda injetadas em poliuretano
Quanto aos pés:
Pés fixos ou rodízios
Apoios para os pés – entre e veja todos os modelos de apoio para os pés
2. Se for um banco
Os bancos devem ter altura regulável – entre e conheça todos os bancos
Sugerimos dois modelos:
Golden Seat e Golden Telles
Golden Seat com dois modelos de assentos injetados em poliuretano com regulagem de altura mecânica
Assento injetado em PU
Assento injetado em PU modelo Telles
Golden Seat com assento em espuma revestida
E o modelo Telles com assento Telles com altura regulada por coluna a gás com ou sem aro
Finalmente, os postos devem seguir as AET e os produtos atestados que atendem a NR 17, ABNT e laudados.
Importante
Para o Estado do Rio de Janeiro há uma Lei em vigor
Lei nº 4743/2006
Data da Lei: 30/03/2006
LEI Nº 4.743, DE 30 DE MARÇO DE 2006.
DISPÕE SOBRE A COLOCAÇÃO DE CADEIRAS ERGONÔMICAS PARA ASCENSORISTAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Importante
Para o Estado do Rio de Janeiro há uma Lei em vigor
Lei nº 4743/2006
Data da Lei: 30/03/2006
LEI Nº 4.743, DE 30 DE MARÇO DE 2006.
DISPÕE SOBRE A COLOCAÇÃO DE CADEIRAS ERGONÔMICAS PARA ASCENSORISTAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 1º – Os elevadores monitorados por ascensoristas deverão ter, obrigatoriamente, cadeiras ergonômicas para utilização destes profissionais.
Art. 2º – As cadeiras mencionadas no art. 1º deverão obedecer os seguintes especificações:
I – Assentos com altura regulável e compatíveis ao painel do elevador, de modo a evitar elevação forçada dos ombros e membros superiores;
II – Encosto com altura mínima de 40 cm (quarenta centímetros);
III – Apoio para os pés.

Nota: Dia 21 de setembro, DIA DO ASCENSORISTA!
Eng. Osny Telles Orselli

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