Guia orienta empresas farmoquímicas sobre validação de limpeza
Validação de limpeza
Mundialmente, a validação de limpeza começou a ser objeto de atenção nos anos 90, quando um caso envolvendo a contaminação de um produto por resíduos de agrotóxicos foi atribuído a um processo de limpeza inadequado.
A produção de insumos farmacêuticos envolve, além de processos físicos (processos de purificação no final da produção), processos químicos complexos, podendo levar à produção de uma infinidade de subprodutos, inclusive tóxicos. Além disso, são utilizados nos processos de fabricação vários reagentes e solventes que devem ser eliminados do meio reacional, como derivados do benzeno, complexos metálicos e catalisadores. Outros contaminantes a serem considerados na limpeza incluem o insumo farmacêutico produzido no lote anterior, microorganismos, agentes de limpeza, lubrificantes e sujidades provenientes do desgaste dos dispositivos móveis utilizados nos equipamentos.
O ideal é que esses contaminantes sejam totalmente eliminados e não sejam detectados no insumo farmacêutico final. Além disso, não devem permanecer nos equipamentos ou utensílios, contaminando outros lotes de insumos farmacêuticos que serão produzidos em seguida. Neste sentido, a validação de limpeza é uma das formas mais eficazes para se controlar a contaminação.
A validação de limpeza é um requerimento regulatório no Brasil, constante nas resoluções de Boas Práticas de Medicamentos (RDC nº 17/2010) e de Insumos Farmacêuticos Ativos (RDC nº 249/2005). O documento publicado pela Anvisa é baseado em guias internacionais e tem a intenção de ser simples, prático e estruturado, de forma que as empresas farmoquímicas possam utilizá-lo garantindo a qualidade do insumo farmacêutico produzido por elas.
O Guia de Validação de Limpeza para Empresas Farmoquímicas está disponível no site da ANVISA. O documento é direcionado aos fabricantes de insumos farmacêuticos no Brasil e tem o objetivo de propor uma abordagem para a execução das atividades de validação de limpeza, de forma a evidenciar que os procedimentos são eficazes na remoção de contaminantes a níveis aceitáveis.
O assunto também permeia a realização e implantação do HACCP (APPCC ) na Indústria ou no processo e que tipo de contaminação é o ponto vulnerável (crítico) neste produto é fundamental para o desempenho da empresa. Existem diversos problemas iniciais na implementação do HACCP, contudo benefícios tangíveis podem ser alcançados a partir da redução das reclamações do consumidor.
A implantação se Salas Limpas – Clean Roons, também segue uma associação extremamente importante.
Saiba mais sobre HACCP – http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=19769
Saiba mais sobre Clean Roons – http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=19758
Guia de Fabricação – Validação de Limpeza para Farmoquímicas – solicite a nossa central – cmqv@cmqv.org