Está em andamento na Alemanha a última rodada de negociações climáticas antes da Conferência do Clima (COP17) em novembro, na África do Sul, e as expectativas de avanços, que já não eram muito altas, evaporaram de vez.
A presidente da UNFCCC, Christiana Figueres, anunciou que não será mais possível evitar que exista um período em que o planeta ficará sem nenhum tipo de acordo para limitar as emissões após o término do Protocolo de Quioto em dezembro de 2012. Isto porque para adotar novas metas com a mesma força legal os países devem passar essas decisões pelos seus parlamentos, o que levaria mais tempo do que o disponível.
Essa declaração prejudicou ainda mais o clima da reunião, que já havia começado cercada de pessimismo, com dados alarmantes sobre o aumento das emissões e falta de financiamento climático sendo divulgados na véspera do encontro.
A falta de um acordo global será especialmente sentida pelos mercados de carbono, que vivem um momento delicado. Pela primeira vez na história os mercados registraram uma retração, caindo 1,4% para US$ 142 bilhões em 2010, de acordo com o Banco Mundial.
Analisando os últimos acontecimentos, parece que o caminho será mesmo o das metas voluntárias, com cada país determinando seus próprios objetivos e ferramentas de controle.
Se for isso mesmo o que veremos, será bastante difícil evitar que os países mais vulneráveis, em especial as pequenas nações insulares, não sofram as piores consequências das mudanças climáticas.
Boa Semana!
Equipe Instituto CarbonoBrasil
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