O QUE É ERGONOMIA?

Vamos falar de ERGONOMIA novamente…

Conversando com um cliente, comentamos sobre mais um interessantíssimo artigo de nossa amiga Emily e ainda mais o perfeito comentário do fisioterapeuta Rodrigo Arend (a desinformação é a grande responsável pela resistência que persiste quando o assunto é Ergonomia.)

Nós que trouxemos a Ergonomia para o Brasil, ainda lutamos para apresentar a todos “Ergonomia de conscientização” pois é uma fato necessário não apenas para o trabalhador mas sim para todo ser humano e quanto mais informatização, mais necessidade de Ergonomia pois as posturas e o tempo que se está ficando frente aos eletrônicos está cada dia maior, da criança ao idoso e, sem os conhecimentos mínimos de Ergonomia, adeus sistema músculo esquelético, entre outros!

Vamos ao artigo da Emily…

Osny Telles Orselli

Ergonomia unindo ciência e praticidade

A Ergonomia é classificada pela Associação Internacional de Ergonomia (IEA, na sigla em Inglês) como “a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema”.

De forma prática, é uma ciência que visa adequar o trabalhador às condições laborais, buscando o conforto e diminuindo os riscos de acidentes e doenças do trabalho. Por isso, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) implementou a Norma Regulamentadora (NR-17) que instrui as empresas a terem uma análise ergonômica do trabalho (AET) por meio de um profissional que possa indicar quais melhorias devem ser implementadas.

Com base nisso, além de empresas, é fundamental que os processos ergonômicos sejam aplicados nos consultórios médicos, pois são locais que impactam não só a vida do médico e de seus funcionários, mas, também, de seus pacientes.

Para isso, a organização do espaço deve levar em conta questões como a iluminação, os ruídos e a temperatura, que são os principais causadores de problemas.

Apesar de existir medidas como essas, é de extrema importância contratar um profissional capacitado para auxiliar nas adaptações ergonômicas necessárias, sempre levando em consideração a singularidade de cada caso, como destaca Luiz Germano Gehrke, pós-graduado em Análise Ergonômica do Trabalho pela Unirriter e diretor médico na ExperMed Perícias Médicas.

“Cada profissional é único e as adaptações do seu ambiente laboral devem considerar a sua estrutura corporal, bem como as atividades que são praticadas em seu consultório”.

Nesse cenário, outro elemento importante é o paciente, que é determinante na hora de fazer as alterações. “O perfil dos pacientes também deve ser considerado. Um cirurgião do aparelho digestivo, por exemplo, deve ter em seu consultório cadeiras mais largas, adaptadas para receber pessoas obesas.

Enquanto o consultório de um geriatra deve ser equipado com barras de apoio em suas paredes, proporcionando maior segurança aos pacientes. Resumindo, cada profissional deve ser olhado como único e seu ambiente de trabalho adaptado para suas atividades”, analisa Gehrke.

Ergonomia como investimento

Sendo assim, os profissionais da área destacam os benefícios por trás dessa ciência, e como ela tem se consolidado como um verdadeiro investimento. “Um programa de Ergonomia adequado deve gerar diminuição dos custos relacionados à saúde ocupacional.

Uma vez que os gestores compreendem esta questão, a Ergonomia passa a ser encarada como um investimento, podendo, inclusive, ser mensurado por meio de metodologias adequadas”, relata o fisioterapeuta Rodrigo Arend, especialista em Fisioterapia do Trabalho pelo CBES.

Para Gehrke, o caráter preventivo que esses métodos possuem e como eles impactam diretamente na produtividade e no lucro: “As principais vantagens são bem-estar, segurança e produtividade com qualidade. A falta de ambiente ergonomicamente adequado, pode acarretar prejuízo em curto, médio e longo prazo, dependendo das particularidades de cada indivíduo”.

Os três pilares da Ergonomia

A Ergonomia se baseia em três pilares básicos: conforto, segurança e eficiência. Esses fatores estão ligados diretamente com a saúde e a performance de qualquer profissional. Em busca desse ambiente ideal, algumas dicas são importantes:

– Quem trabalha em computador, como as secretárias em consultórios médicos, deve mantê-lo entre 45 e 70cm de distância da sua linha de visão. O teclado tem que ser regulável e estar alinhado aos cotovelos;

– Em relação a cadeira, seja trabalhando em computador ou não, ela deve oferecer suporte para lombar e ter uma adaptação confortável para região pélvica. É importante, também, investir em estruturas que sejam ajustáveis, ofereçam conforto aos joelhos e que garantam que os pés encostem no chão ou em algum suporte apropriado;

– No local separado para realizar procedimentos no consultório, é importante ter fácil acesso à ferramenta e aos medicamentos, procurar automatizar os processos, acrescentando botões e pedais que facilitem movimentos otimizados, e, dependendo do caso, contratar um profissional para auxiliar;

– Em termos de decoração, é preciso pensar na funcionalidade dos móveis para cada especialidade, na iluminação adequada e na sonorização do local, recorrendo, quando necessário, a uma música ambiente.

Sérias consequências e olhares ainda desconfiados

Muitos profissionais possuem uma resistência em relação a essa ciência, ainda vista com uma certa desconfiança, no entanto, essa postura, principalmente na área da Saúde, afeta diferentes pessoas e setores, como o financeiro, por exemplo.

“Em longo prazo, um profissional médico que não possua móveis ergonomicamente adequados, pode vir a sofrer de problemas na coluna, podendo, inclusive, inviabilizar a realização de diversos movimentos que inferirão diretamente na qualidade e eficiência do seu trabalho”, afirma Gehrke.

O médico completa, ressaltando de que maneira esses problemas também alcançam os pacientes: “Da mesma forma, caso não exista ambiente adequado para os pacientes – a ponto de gerar eventuais constrangimentos ou, até mesmo, situações de risco –, o profissional médico pode comprometer não só a qualidade de vida, como a evolução profissional”.

Na percepção do fisioterapeuta Rodrigo Arend, a desinformação é a grande responsável pela resistência que persiste quando o assunto é Ergonomia.

“Algumas pessoas têm um entendimento errado do que seria a Ergonomia, como se ela impusesse limitações aos trabalhadores e, consequentemente, diminuísse a produtividade ou aumentasse os custos. Entretanto, um bom programa de Ergonomia deve ter como objetivo, além da melhora da qualidade de vida e da saúde geral dos trabalhadores, uma otimização dos processos de trabalho”, declara.

Nesse sentindo, é primordial que os profissionais da área da saúde percebam como essa ciência visa os mesmo resultados, que é o bem-estar das pessoas. Por isso, ao invés de adversária, a Ergonomia deve ser vista como uma aliada na prevenção de doenças, manutenção da saúde e na segurança de todos os envolvidos.

Muito além de algo teórico, o método pode impactar, de forma prática, a vida desses profissionais, desde o planejamento dos consultórios e clínicas até o contato com o seu paciente.

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