POR QUE USAR APOIO PARA OS PÉS?

Se te perguntarem por que o funcionário “x” deve usar apoio para os pés  e o funcionário “Y” não precisa, qual uma forma fácil e objetiva de responder?

 

A RESPOSTA É : DEPENDE!

 

O USO OU NÃO DO APOIO PARA OS PÉS, NÃO DEPENDE SÓ  DO FUNCIONÁRIO, DEPENDE DO FUNCIONÁRIO E DO POSTO ONDE ELE ESTÁ TRABALHANDO….

 

A LEI MANDA QUE OS PÉS FICQUEM APOIADOS, ENTÃO, SE OS PÉS DO FUNCIONÁRIO “Y” JÁ ESTÃO APOIOADOS…. SE OS PÉS JÁ ESTÃO APOIADOS, NÃO PRECISA OUTRO APOIO….

 

Quais as medidas?

 

Quais os parâmetros?

 

Como determinar?

 

ISSO É ERGONOMIA E, ERGONOMIA É UMA ESPECIALDIADE….

 

MATERIAL ESCRITO PELO ENGENHEIRO OSNY TELLES ORSELLI (DENTRE OS MILHARES DE ARTIGOS ESCRITOS POR ELE E QUE ALGUNS ESTÃO NO SITE E NAS AULAS DELE)

 

A ERGONOMIA É ESTUDADA COM BASE DA ANTROPOMETRIA, NA FISIOLOGIA  E NA ENGENHARIA.

 

Antropometria – Ciência que estuda as dimensões do corpo humano e a amplitude de seus movimentos.

 

A arquitetura corporativa de interiores e de linhas produtivas, assim como o desenvolvimento de móveis para escritórios, E PARA PRODUÇÃO vem sofrendo constantes revoluções, que são direcionadas pela evolução tecnológica das várias disciplinas envolvidas no ambiente de trabalho, dentre elas, novas ferramentas, sistemas, sustentabilidade e preocupação com o bem estar do ser humano em sua atividade (ergonomia). E – IMPORTANTE – ISSO TUDO COM BASES LEGAIS

 

A tendência é utilizar sempre o mínimo de recursos possível, tendo maiores resultados, tanto de impacto no meio ambiente como financeiro de curto, médio e longo prazo.

 

Com os avanços da tecnologia da informação que concentraram diversas funções em dispositivos únicos, os monitores planos, CPU’s menores e o arquivamento digital, a necessidade de espaço reduziu-se e gerou um novo conceito de projetar, onde se prima pelo aproveitamento de espaço, aproximando mais as pessoas sem perder o conforto e tendo ainda como benefícios maior interação e redução de custo imobiliário.
O projeto corporativo é racional, a funcionalidade doutrina toda elaboração, que deve imprimir conforto, leveza e praticidade, que é conseguido pelo minimalismo no mobiliário e distribuição ortogonal dentro das áreas.
O bom espaço de trabalho, além de aumentar a produtividade da empresa, faz parte da sua imagem perante fornecedores e clientes E MAIS – EVITA MULTAS!

 

O termo ergonomia é originário do grego ergon (trabalho) + nomos (regras), e foi utilizado pela primeira vez pelo cientista e biólogo polonês Wojciech Jastrzebowski em 1857 em um artigo com o título “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.

 

“Ergonomia é o estudo científico, da relação entre o homem, seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar em uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida”. Conceito da International Ergonomics Association (IEA).

 

“Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano”. Definição de ergonomia da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO).

 

Embora não exista um material consistente sobre a história da ergonomia, sabe-se que teve grande incremento depois da 2° Guerra Mundial, quando a industrialização toma um impulso maior, e começa a surgir uma maior integração entre homem, atividade e máquina.

 

Quase 100 anos mais tarde em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Resarch Society”.

 

Posteriormente desenvolveu-se em diversos países industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e nos países escandinavos.

 

Em 1959 é fundada a “International Ergonomics Association”.

 

Na data de 31 de agosto de 1983 é criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”. Em 1989 é implantado o primeiro mestrado do país no PPGEP/UFSC.

 

A partir do início dos anos 80 a ergonomia começa a ter duas linhas de direcionamento, a europeia e a americana.

 

•       Europeia (abordagem situada): privilegiam as atividades do operador, priorizando o entendimento da tarefa, os mecanismos de seleção de informações, de resolução dos problemas, de tomadas de decisão. Tudo se inicia com a observação do trabalho, em condições reais. Em seguida, tem-se a verbalização do trabalho executado pelos próprios operadores especificamente nele envolvidos e considera-se a aprendizagem da tarefa e a competência do trabalhador.

 

•       Americana (abordagem clássica): preocupam-se, principalmente, com os aspectos físicos do homem (anatômicos, antropométricos, fisiológicos e sensoriais), objetivando dimensionar a estação de trabalho, facilitar a discriminação de informações dos mostradores e a manipulação dos controles. Para tanto, realizam-se simulações em laboratórios (onde medem alcances, esforços, discriminação visual, rapidez de resposta), mantendo constantes algumas variáveis dos homens com dimensões extremas (5 e 95 percentis).

 

Segundo Hendrick (1993) a ergonomia é classificada em quatro fases de acordo com a tecnologia enfocada. Em cada uma delas, nota-se que a adaptação do posto vai perdendo a força para a qualidade do processo, da organização e da qualidade de vida como um todo.

 

1° fase: Ergonomia de Hardware ou Tradicional surgiu durante a 2° Guerra Mundial e representa o início da ergonomia “human factors” como ciência formal. Incialmente concentrou-se no estudo das características físicas do ser humano (capacidades e limites) com utilização militar e em seguida direcionando-se para área civil, voltadas às questões físicas e fisiológicas e biomecânicas do ambiente de trabalho e na interação dos sistemas homem-máquina.

 

2° fase: Ergonomia do Meio Ambiente que trata das questões ambientais naturais e artificiais (ruído, vibrações, temperatura, iluminação, aerodispersóides) que interferem no trabalho. Fortaleceu-se em função do interesse em compreender melhor a relação do ser humano com seu meio ambiente que se integram também com as questões ecológicas de reequilíbrio do planeta atualmente muito em voga.

 

3° fase: Ergonomia de Software ou Cognitiva lida com o processamento de informações, com o advento da informática de forma massiva a partir da década de 80. Essa modalidade está focada na interface da interação entre o homem e a máquina, que deixa de ser como na fase tradicional (antropométrica, biomecânica e fisiológica), e passa ter boa parte desse relacionamento intangível no campo físico, o operador não manuseia mais o produto, mas sim comanda uma máquina que está operando sobre o produto. A tecnologia da informação passa a ser uma extensão do cérebro e as interfaces para operação tem que levar em conta fatores cognitivos para facilitar o comando.

 

4° fase: Macroergonomia diz respeito a uma visão mais ampla da ergonomia, deixando de se restringir ao operador e sua interação com a máquina, atividade e ambiente, ela entra no contexto organizacional, psicossocial e político de um sistema. Diferencia-se das anteriores por priorizar o processo participativo envolvendo administração de recursos, trabalho em equipe, jornada e projeto de trabalho, cooperação e rompimento de paradigmas. O que garante intervenções ergonômicas com melhor resultado, reduzindo o índice de erros, e gerando maior aceitação e colaboração por parte das pessoas envolvidas

 

Abaixo algumas figuras elucidativas…

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