27/02/2013 – MEDICINA E ENGENHARIA – POR QUE NÃO SE DEVE FICAR MUITO TEMPO EM PÉ

Mais um capítulo de nossa ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO

PORQUE NÃO SE DEVE PERMANECER EM POSIÇÃO DE PÉ POR LONGOS PERÍODOS:

Ficar muito tempo parado na mesma posição pode causar dores.

Deixar de se movimentar causa problemas, mesmo com a postura correta.

Fizemos uma pesquisa empírica onde a maioria das pessoas respondeu que sente dor na lombar. Muitas pessoas ter dores generalizadas, muitas pessoas tem dores nas articulações da mãos, etc.

O corpo humano não foi feito para ficar parado em uma mesma posição por muito tempo. Mesmo com a postura correta, a falta de movimentação faz com que os músculos entrem em fadiga, perdem oxigenação e passam a doer.

Um grande agravante pode aparecer com  efeitos ainda piores em situações de postura incorreta e os dois casos podem provocar dor local e mesmo dor irradiada

Por exemplo, dor nas costas é um problema que atinge uma parcela muito grande da população como verificamos em nossa pesquisa. Outra dor muito frequente atualmente são as dores nas mãos, no pescoço e nos ombros, também constatadas em nossas pesquisas.

Além da falta de movimentação, a postura errada e os músculos enfraquecidos também são fatores que contribuem para esse incômodo. Por isso, a prevenção é simples: corrigir a postura, oxigenar os músculos  se movimentar alternando a posição, e , tão importante quanto tudo isso é SE HIDRATAR.

Como engenheiro posso dizer que as dores musculares mais comuns são provocadas por fatores mecânicos, como o esforço excessivo e o erro postural.  A medicina esclarece que essas dores costumam durar até 8 semanas e ter começo, meio e fim.

Se a dor continuar por mais de 8 semanas, é preciso procurar um médico para investigar se há algum outro problema. Dores que duram mais de três meses são consideradas crônicas e podem ser causadas por alterações degenerativas da coluna, como osteoartrose e hérnia de disco.

Muitas vezes a causa de dor é a deformidade em alguma das três curvaturas da coluna: a lordose cervical, a cifosetorácica e a lordose lombar que, geralmente, também são causadas por conta de posturas erradas por longos períodos.  Quando a cifose é acentuada, pode causar um problema chamado hipercifose, comum em pessoas tímidas, altas e que usam muito o computador. Normalmente, essas pessoas empurram os ombros e a cabeça para a frente e têm dores no pescoço e ombros.

Há atividades laborais que obrigam as pessoas a trabalharem de pé por longos períodos.
Controladores de painéis de emergência, seguranças de bancos e hotéis, postos de trabalho que obrigam o trabalhador a se deslocar com freqüência.
Para estes casos não se pode pensar sequer numa cadeira especial.   Ao ficar de pé por longos períodos, mesmo aqueles condicionados fisicamente que, infelizmente, não é a maioria, a postura não é reta. As pessoas ficam cansadas, se esquecem da postura e entram em fadiga postural. A fadiga postural é perversa, pois não manda avisos.  Qualquer pessoa já passou por isso em breves períodos de tempo. Mas, o problema é quando esta situação é constante, durante horas e todos os dias.
Estas doenças são classificadas como distúrbios musculo-esqueléticos e são consideradas como uma doença ocupacional e como tanto precisa e deve ser prevenida pelos patrões, pelas empresas.   Alem da obrigatoriedade, como se vê mais abaixo, a falta desta prevenção pode comprometer todo o trabalho, toda uma operação, toda a atividade ocupacional.
As conseqüências são graves para o trabalhador e para sua função, para sua atividade.

Para a saúde do trabalhador, a conseqüência são dores musculares que às vezes de tanta constancia são “esquecidas”, dores lombares ou lombalgias e depois lesões da coluna.   Para a saúde de seu trabalho, de sua atividade, as conseqüências vão desde erros, falta de atenção, perda de resposta imediata a uma solicitação de emergência e assim por diante.
Ora, um segurança que não fica atento, não responde a um ataque de imediato, está comprometendo a operação, todo o procedimento do esquema de segurança.
Para um operador de painéis de emergência, os riscos de um erro são grandes e pode comprometer uma produção e mesmo uma planta.   A Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego 17, conhecida como NR 17, trata da ergonomia.
Esta Norma, esta Lei Federal, determina que se adote medidas preventivas e eficazes para que os riscos de doenças músculo esqueléticos sejam evitados.

Ergonomia, uma ciência cada vez mais difundida e necessária para qualquer atividade laboral ou de lazer, busca o conforto, busca a se executar uma atividade com menos esforço.
O que se esquece muitas vezes é que há atividades como as mostradas acima que, aparentemente, não mostram grandes esforços, como levantar pesos, que são tão comprometedoras para coluna vertebral como levantar um saco de cimento sem critério.
Quais as medidas que devem ser tomadas para não comprometer a saúde do trabalhador e o bolso do empresário?

Listamos abaixo algumas que entendemos como eficazes, sem atentar para sua importância pela ordem das mesmas.

1.         Adotar ginástica laboral a ser exercida por profissional de educação física e outros exercícios simples mas importantes.

2.         Adotar um programa de treinamento para fortalecer a coluna vertebral que induza o trabalhador a adotar métodos da prática de exercícios físicos, como manter boa postura em todas as ocasiões, como praticar a ginástica do GATO a cada hora, a adoção de ingestão de água, como manusear qualquer tipo de carga mesmo as pequenas. Este item 2 pode ser contemplado através do Programa de prevenção de lombalgias e lesões da coluna “Coluna Segura”.

3.         Adoção do banco semi sentado Golden Seat com regulagem de altura do assento e outros bancos semi sentados, cujas características principais se encontram neste link.

Eng. Osny Telles Orselli.

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