PROJETO – PREVENÇÃO SUSTENTÁVEL
Doenças do trabalho oneram mais o INSS
Nos últimos três anos, a média de gastos da Previdência Social com problemas de saúde gerados no próprio ambiente de trabalho cresceu acima das despesas com os afastamentos previdenciários gerais.
Passamos a maior parte do tempo em nosso ambiente de trabalho dai concluirmos que, o local de trabalho é um dos pontos críticos para a saúde e a qualidade de vida de uma pessoa e de uma Nação.
Em um ambiente cotidiano profissional insalubre, inseguro, sem ergonomia, desorganizado, com estresse, pressão, clima de ansiedade, exigência de metas e outras, podem levar o profissional a adquirir doenças imunológicas, doenças ósteos musculares, doenças neurovegetativas, doenças nervosas, doenças coronarianas, síndrome do pânico e até dependência de drogas e álcool Segundo o Ministério da Previdência Social, o pagamento de benefícios de afastamentos previdenciários registrou elevação anual média de 7,5% entre 2008 e 2011, para R$ 13,47 bilhões – de janeiro a novembro de 2012, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) teve um gasto de R$ 13,69 bilhões com essas obrigações. Já os gastos com auxílios-doença acidentários passaram de R$ 1,51 bilhão em 2008 para R$ 2,11 bilhões em 2011, apontando crescimento médio anual de 12% – no acumulado de 2012, até novembro, o valor pago chega a R$ 2,02 bilhões.
Os casos de aposentadoria por invalidez também teve aumento. Entre janeiro e novembro de 2012, o INSS teve um gasto de R$ 30,86 bilhões para apoiar profissionais que nunca mais poderão exercer suas atividades normalmente.
Observou-se que, jornadas prolongadas de trabalho são as menores causadoras da patologias de trabalho desde que todas as condições ideais – ergonomia, satisfação emocional e satisfação pessoal estejam dentro dos parâmetros satisfatórios.
O Sofrimento no ambiente profissional não é ó ritmo e tempo, mas sobretudo organização do trabalho: ordens contraditórias, assédio, exigências de metas, questões éticas, autonomia, senso de dever bem cumprido, estabilidade no emprego, clima, ou seja A SATISFAÇÃO.
Os auxílios-doença, previdenciários e acidentários, concedidos a trabalhadores por causa de depressão ou transtornos depressivos recorrentes cresceram a uma média de 5% nos últimos cinco anos, superando 82 mil ocorrências anuais. Esse quadro preocupa o governo e tem mobilizado sindicatos e empresas a criar novas práticas laborais com o objetivo de evitar as chamadas doenças da modernidade.
Em resposta a questionamentos da reportagem, a área técnica do Ministério da Previdência Social reconhece que o problema “chama atenção de formuladores de políticas públicas” e informa que tem feito estudos e avaliações sobre a evolução desses números a fim de investir em processos preventivos. Para o ministério, os últimos anos desfavoráveis para a economia global e de baixo crescimento interno impactaram negativamente a saúde do trabalhador.
Osny Telles Orselli, engenheiro mecânico (POLI-USP), engenheiro de segurança (Maclenkie), gestor administratico (FGV) e ergonomista (Human Factord and Ergonomics Society) explica que em 2013 o Ministério da Previdência informou que vai reformular o Programa de Reabilitação Profissional (PRP), com a implantação de ações-piloto em diferentes setores porém, enfatiza o engenheiro, sem a PREVENÇÃO e o cumprimento consciente das normas de segurança, a população dos trabalhadores não terá a tão almejada qualidade de vida. “A conscientização da SEGURANÇA é a única alternativa para a melhoria e a sustentabilidade de uma NAÇÃO, daí apoiarmos o tema do Congresso Mundial de 2014 que é Criar uma visão de prevenção sustentável “
Com essa visão a CMQV lançou o projeto: PREVENÇÃO SUSTENTÁVEL
participe!
detalhes: projetos@cmqv.org