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WORKSHOP: GESTÃO DA SEGURANÇA E DA SAÚDE NO TRABALHO (SST)

 

Workshop: Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho (SST) envolvendo drogas e medicamentos de risco: os quimioterápicos antineoplásicos (QTA)

Data: 27 de setembro de 2018 – das 8h30 às 12h
Local: Fecomercio
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 3º andar – Bela Vista – São Paulo – SP

OBJETIVO

Aprofundar o conhecimento relativo aos QTA’s como agentes de risco ocupacional para profissionais da área da saúde e as ações preventivas indicadas e praticadas pelos serviços de saúde em São Paulo.

PÚBLICO-ALVO

Médicos e Enfermeiros do trabalho; Engenheiros e Técnicos de Segurança do Trabalho; Profissionais de SESMT privados e públicos; prestadores de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho; Auditores Fiscais; Técnicos da Vigilância Sanitária do Trabalho.

Inscrições

Nossa complementação:

Os quimioterápicos antineoplásicos representam um risco potencial para quem prepara, administra e descarta, devido a absorção do produto pelas vias respiratórias, mucosas e cutânea.

Muitas equipes vem manipulando quimioterápicos há anos em condições inseguras principalmente por desconhecer os RISCOS dessa exposição

Minimizar os riscos da exposição pelo manipulador e o risco da população pelos resíduos (descartes inadequados) é fundamental. Entender a estrutura molecular e suas atividades auxiliam na equação do que chamamos da “inativação do quimioterápico” Entende-se que o composto tem como alvo principal o DNA, formando ligações em suas fitas. Vale lembrar que o DNA é uma macromolécula de fita dupla (modelo dupla-hélice). Essa ligação impede que molécula de DNA se abra para o início do processo de replicação, ou seja, ela impede a habilidade de formar novas fitas de DNA que é imprescindível para divisão celular. Esse processo precisa ser estudado caso a caso, tendo um direcionamento para tipo de molécula

Para minimizar o risco do manipulador, procedimentos de segurança pessoal e até mesmo EPI são fundamentais.

Para uma minimização de resíduos sugerimos a implantação da agenda compartilhada, método pelo qual fazemos com que pacientes em tratamento pelo mesmo protocolo e mesmo medicamento sejam atendidos de maneira sincronizada, respeitando o tempo correto de cada ciclo de tratamento. Os médicos assistentes dos pacientes em tratamento com quimioterapia encaminham as prescrições com datas previstas para agendamento, então, as prescrições são separadas e os cálculos são realizados para organizar os pacientes de maneira que não haja desperdício de resíduos quimioterápicos e que todos sejam atendidos conforme necessidade e solicitação médica. A geração dos resíduos quimioterápicos torna-se inevitável em determinadas situações, mas com a agenda compartilhada foi possível reduzir esta geração. Ao que é necessário ser descartado, existe uma estrutura com lixeira, coletor de perfuro e saco identificado. Considerando o potencial do residual do quimioterápico dissipar no ar, está sendo utilizado saco plástico para envolver cada sistema de administração do medicamento no paciente para garantir a segurança do colaborador a cada descarte.

Em relação aos aspectos legais no Brasil encontramos os seguintes documentos: Resolução nº 5 de 5/08/1993, do Conselho Nacional de Meio Ambiente, que trata de normas mínimas sobre o tratamento de resíduos sólidos. Portaria MS/GM, nº 3535 de 02/09/1998, que estabelece critérios para cadastramento de centros de atendimento de oncologia (BRASIL, 1998).

Resolução do COFEN ¾ 210/98, que dispõe sobre a atuação dos profissionais de enfermagem que trabalham com quimioterápicos antineoplásicos (BRASIL. CONFEN, 1998).

Os quimioterápicos não atuam exclusivamente sobre as células tumorais. As estruturas normais que se renovam constantemente, como a medula óssea, os pêlos e a mucosa do tubo digestivo, são também atingidas pela ação dos quimioterápicos. No entanto, como as células normais apresentam um tempo de recuperação previsível, ao contrário das células anaplásicas, é possível que a quimioterapia seja aplicada repetidamente, desde que observado o intervalo de tempo necessário para a recuperação da medula óssea e da mucosa do tubo digestivo. Por este motivo, a quimioterapia é aplicada em ciclos periódicos.

Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos quimioterápicos dependem do tempo de exposição e da concentração plasmática da droga. A toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada. Nem todos os quimioterápicos ocasionam efeitos indesejáveis tais como mielode-pressão, alopecia e alterações gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia).

Prevenção é a solução, mesmo que parcial

Célia Wada

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