DIA 18 DE JUNHO COMEMORAMOS O DIA NACIONAL DA IMIGRAÇÃO JAPONESA

BREVE HISTÓRICO:

 

A imigração japonesa no Brasil teve início em 18 de junho de 1908 com a vinda de 733 pessoas que compunham 165 famílias de agricultores e mais 48 pessoas que vieram sem os seus familiares, perfazendo um total de 781 pessoas a bordo do vapor “KASATO-MARU”, que aportou às 09:30 horas no cais nº 14, atualmente armazém 16, no Porto de Santos. Permaneceram por alguns dias na Hospedaria dos Imigrantes, atual Museu do Imigrante, na Capital, antes de seguir viagem para as fazendas de café no interior do Estado de São Paulo e outros estados.

 

O contrato de imigração entre os dois países foi firmado em 06 de novembro de 1907, em São Paulo, e assinado pelo Sr. Ryu Mizuno, Diretor Presidente da Cia. de Imigração Kôkoku do Japão e pelo Dr. Carlos Botelho, Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo.

 

A imigração japonesa ao Brasil continuou até a eclosão da II Guerra Mundial em 1941, quando somava um número de 188.986 imigrantes. Após o término da II Guerra Mundial foi retomado o processo de imigração, em 1952, estendendo-se por 10 anos, período em que vieram cerca de 50 mil imigrantes agricultores. E, a leva auge do pós guerra foi em 1959, vindo 7.041 imigrantes.

 

No início da década de 1960 o Japão entrava numa fase de grande prosperidade e de rápido crescimento econômico, e, como a economia brasileira também estava em ascenção o Brasil não mais necessitava de trabalhadores agrícolas estrangeiros.

 

Essa época marcou certa transformação nas relações nipo-brasileiras, pois de uma fase de predomínio da imigração, passou-se a uma outra, calcada no intercâmbio econômico. Isso quer dizer que no decorrer dos anos, o comércio entre os dois países cresceu, aumentando o número de investimentos e intensificando-se as cooperações econômica e técnica entre os dois países.

 

No período que se seguiu, o Brasil adotou a política de receber somente imigrantes que dispunham de capacidade financeira e que aplicassem em empreendimentos agrícolas, ou profissionais qualificados no setor industrial. Nessas condições aportaram nas terras brasileiras alguns milhares de japoneses. E, por volta de 1977, o número de descendentes japoneses já era de 765.710 pessoas e a posição social destes cada vez mais elevada.

 

No caminho percorrido, a par do progresso, houve inúmeras dificuldades e dramas. Os imigrantes trabalharam arduamente, enfrentando clima, língua e costumes diferentes, e não poucos tombaram vitimados pela doença. Em muitos e diversos aspectos, esses imigrantes defrontaram-se com as diferenças culturais.

 

Contudo, com um único objetivo de dar uma melhor formação escolar aos seus filhos, os imigrantes japoneses dedicaram-se com afinco na agricultura.

 

Atualmente, a colônia japonesa, não somente continua dando a sua contribuição na área agrícola brasileira, assim como os seus descendentes estão atuando nas diversas áreas: política, médica, empresarial, judicial, meio acadêmico e de outras várias profissões.

 

A população de japoneses e seus descendentes na cidade de São Paulo está estimada em mais de 326.000 pessoas. Podemos constatar que a luta dos imigrantes japoneses não foi em vão. A presença da cultura japonesa no Brasil é cada vez mais nítida em suas variadas formas, que vão desde a mais avançada tecnologia até os sofisticados sabores da culinária japonesa.

 

Graças a essa dedicação, o nível das relações entre os dois países é fruto dos esforços desses imigrantes e seus descendentes brasileiros que vieram trabalhando para o estreitamento dessa amizade e hoje são a verdadeira ponte que liga o Japão e o Brasil.

 

Fonte: JICA – Japan International Cooperation Agency

 

Meus sinceros agradecimentos a esse povo maravilhoso que vindo ao Brasil permitiu o nascimento de minha filha Paula Mitiko Wada.

 

Ytsuru Wada e Hioko Wada,  Ditian e Batian – domo arigatoo gosaimashita

 

Célia Wada

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